A Comissão Técnica Independente (CTI) para o estudo da expansão aeroportuária de Lisboa propõe a construção de um novo terminal para aliviar a pressão em Lisboa, enquanto não há novo aeroporto, e a redefinição das regras de atribuição de 'slots'.
O relatório, divulgado esta segunda-feira, sugere:
- Desvio dos voos de carga e charters para a Base Aérea de Beja
- Desvio de alguns voos comerciais para o aeródromo de Tires
- Expansão do terminal 1 para uma área que atualmente é um parque de estacionamento
- Construção de um terceiro terminal para voos de baixo custo
- Redefinição das regras de atribuição de 'slots'
A CTI estima que toda a intervenção neste âmbito possa custar 243,5 milhões de euros.
Mudanças nos ‘slots’
Para além das sugestões anteriores, outra medida destacada pela CTI é a redefinição das regras de atribuição de 'slots' aeroportuários (faixas horárias para descolar e aterrar).
Esta atribuição terá de ser reequilibrada, "distribuindo equitativamente ao longo da hora o número de voos", com o tempo de ocupação a ser "redefinido e considerado na coordenação dos 'slots' aeroportuários, de modo a evitar que uma aeronave chegue com o estacionamento ainda ocupado, tendo de ficar a aguardar em caminhos de circulação".
Este relatório já tinha sido entregue ao Governo, "para análise, no início de setembro", de acordo com a comissão. Questionada pela SIC, a CTI diz que estas são sugestões técnicas para o curto prazo e que podem começar a ser adotadas desde já. Lembra, no entanto, que o seguimento ou não destas recomendações é uma escolha política.
"A CTI entendeu, em concordância com os objetivos pelos quais foi mandatada pelo Governo, que encaminhar antecipadamente esta análise e soluções para o executivo permitiria ganhar tempo útil na ponderação de decisões de investimento e de melhoria de operacionalidade no AHD", explicou.
A SIC perguntou ao Ministério das Infraestruturas se há abertura do Governo para seguir estas medidas, mas há data desta reportagem não obteve resposta.
Com Lusa