Comerciantes e consumidores estão divididos sobre a cobrança de quatro cêntimos por cada saco de plástico transparente nos supermercados. O aumento drástico de preço está previsto no Orçamento do Estado para o próximo ano e serve para combater o plástico. Mas os próprios defensores do ambiente duvidam da eficácia.
O Orçamento do Estado para 2024 prevê uma medida de combate ao plástico: a criação de uma nova taxa sobre os sacos.
Em janeiro, cada um pode vir a custar quatro cêntimos. Num minimercado, em Oeiras, as opiniões dividem-se entre comerciantes e consumidores.
Alguns recomendam trazer um saco de casa, já para substituir os outros sacos de plástico que, antes, se deitava fora assim que se tirava os legumes e fruta.
Outros ainda sugerem trazer um pedaço de jornal para embrulhar as compras a granel.
A medida ainda não entrou em vigor e já há pessoas que recusam comprar sacos.
Vários estudos apontam para a necessidade de reduzir o consumo do plástico.
O ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro, defende que esta nova medida serve para reduzir o consumo, devido ao impacto ambiental, mas para os consumidores tem apenas um objetivo: cobrar mais dinheiro.
Paulo Santos tem o minimercado em Oeiras há 10 anos e reconhece que as empresas têm de suportar uma carga fiscal elevada e que esta nova taxa vai prejudicar as famílias.
Com os preços da alimentação a subir, as famílias podem vir a enfrentar mais dificuldades.
Metade da receita deste imposto irá para os cofres do Estado, enquanto 20% será entregue ao fundo ambiental e os restantes 20%serão atribuídos ao fundo de modernização do comércio para ajudar as empresas a serem sustentáveis