A Comissão de Ética do Banco de Portugal diz que Mário Centeno cumpriu os deveres de conduta, no caso do convite para chefiar o governo. O parecer foi conhecido no mesmo dia em que três deputados do Partido Popular Europeu (PPE) enviaram uma carta ao Banco Central Europeu (BCE) a questionar a independência do governador e a pedir uma avaliação do caso.
Dos eurodeputados que assinam a carta enviada ao BCE a pedir a averiguação do caso, nenhum é português. Ainda mas há uma espanhola, um alemão e um romeno muito preocupados com o que se passa em Portugal.
“Não é uma iniciativa política, não tem nenhum objetivo político contra o partido no Governo em Portugal. Trata-se de três membros do Parlamento, com base nas suas responsabilidades”, afirma o eurodeputado PPE, Siegried Muresan.
Os três subscritores fazem parte do Partido Popular Europeu, grupo a que pertencem o PSD e o CDS-PP.
“Se a independência dele está em causa, então a independência d todo o Banco Central Europeu, do qual ele faz parte e toma decisões, também está em causa […] Acho que ele deve assumir uma posição clara e o que ele fez até agora não nos convenceu de que, se ele continuar no cargo, conseguirá fazer essa claramente distinção", acrescentou.
O caso que marcou Portugal na passada semana, parecia estar agora quase encerrado, depois da Comissão de Ética do Banco de Portugal (BdP) ter concluído que o governador “agiu com a reserva exigível naquelas circunstâncias, cumprindo deveres gerais de conduta".
Embora admita que "no plano objetivo, os desenvolvimentos político-mediáticos subsequentes podem trazer danos a imagem do Banco", ou seja, iliba Mário Centeno, mas diz que o debate que se seguiu pode ter sido menos bom para a imagem do governador e do Banco de Portugal.