Os trabalhadores da Izidoro, uma empresa do setor das carnes, realizam uma greve de 24 horas esta terça-feira. Durante a manhã, realizaram uma concentração junto às instalações, no Montijo.
Estão em protesto por melhores condições de trabalho e aumentos salariais. Defendem a subida do salário mínimo na empresa para os 910 euros e a atualização do subsídio de alimentação. Além disso, os trabalhadores querem negociar um contrato coletivo de trabalho.
“Estamos nessa luta há muitos anos com esperança que seja resolvido. Primeiro a questão do subsídio de refeição que não é aumentado há mais de 12 anos. Temos um subsídio de refeição de 4,5 euros que eu não acredito que nenhuma empresa tenha um subsídio deste valor”, disse à SIC Notícias Christiani Neves, delegada sindical da empresa.
Rita Costa trabalha na Izidoro há 17 anos e só nos primeiros anos ganhou mais do que o salário mínimo.
“Nunca fui aumentada. Quando entre recebíamos mais dois euros que o ordenado mínimo e desde aí, com os aumentos, foi absorvido e temos sido só aumentadas face ao salário mínimo, só”, conta.
O dia para o protesto foi escolhido com uma razão: o carnaval era um feriado que a empresa dava aos trabalhadores antes da pandemia de covid-19, mas, com o regresso à normalidade, a tolerância de ponto não foi reposta.
A manifestação foi acompanhada pela secretária-geral da CGTP, Isabel Camarinha, que defende uma alteração à legislação laboral para melhorar a vida dos trabalhadores do país.