Economia

BCE mantém taxas de juro inalteradas

A previsão dos analistas confirmou-se: o Banco Central Europeu decidiu, esta quinta-feira, manter inalteradas as taxas de juro que, recorde-se, desceram no mês passado pela primeira vez em cinco anos.

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O Banco Central Europeu (BCE) decidiu, esta quinta-feira, não mexer nas taxas de juro.

Assim sendo, a taxa das principais operações de refinanciamento mantém-se em 4,25%, a taxa de facilidade permanente de cedência de liquidez permanece em 4,50% e a de facilidade permanente de depósito em 3,75%.

“O Conselho do Banco Central Europeu (BCE) decidiu hoje manter as três taxas de juro diretoras do BCE inalteradas. (…) Embora algumas medidas da inflação subjacente tenham subido um pouco em maio, devido a fatores pontuais, a maioria das medidas permaneceu estável ou desceu ligeiramente em junho”, sustenta o BCE.

A taxa de inflação homóloga desceu em junho para 2,5% na zona euro, depois de ter acelerado para a 2,6% em maio. Mas, a inflação subjacente, que exclui os preços com maior volatilidade da energia e dos alimentos, ficou estável em 2,9%.

"Em conformidade com as expectativas, o impacto inflacionista do elevado crescimento dos salários foi atenuado pelos lucros. A política monetária está a manter as condições de financiamento restritivas. Ao mesmo tempo, as pressões internas sobre os preços continuam a ser altas e a inflação dos preços dos serviços é elevada, sendo provável que a inflação global permaneça acima do objetivo ainda durante grande parte do próximo ano", acrescentou o banco central.

O BCE sublinha que manterá as taxas de juro "em níveis suficientemente restritivos enquanto for necessário" para "assegurar o retorno atempado da inflação ao seu objetivo de médio prazo de 2%".

Ainda segundo o comunicado, o Conselho do BCE "continuará a seguir uma abordagem dependente dos dados e reunião a reunião".

A instituição liderada por Christine Lagarde explica que as suas decisões sobre as taxas de juro vão basear-se na avaliação das perspetivas de inflação, à luz dos dados económicos e financeiros que forem sendo disponibilizados, da dinâmica da inflação subjacente e da robustez da transmissão da política monetária.

"O Conselho do BCE não se compromete previamente com uma trajetória de taxas específica", pode ler-se no comunicado.

Já em junho, quando o BCE decidiu cortar em 25 pontos base as taxas de juro naquela que foi a primeira descida em cinco anos, a presidente Christine Lagarde deixou claro que o ritmo de futuras descidas seria "muito incerto".

Com LUSA

[Notícia atualizada às 14:03]