As prestações das casas voltam a baixar em agosto, o que significa que quem tiver a revisão do contrato no próximo mês, pode contar com uma redução a rondar os 30 euros.
Há duas semanas, em Sintra, Christine Lagarde tinha já assinalado a importância do Banco Central Europeu (BCE) não tropeçar em armadilhas que possam surgir no caminho.
Andou acima dos 10% e está agora nos 2,5% depois de um longo e duro ciclo de subidas dos juros. Só em junho, e depois de dois anos desde o início deste caminho, surgiu um primeiro corte.
Só em setembro poderá ser decidido um novo corte nos juros, isto numa altura em que os dados poderão trazer mais certezas.
A inflação na Zona Euro a manter a tendência de descida, a economia dos países da moeda única ainda meio debilitada e os salários a darem sinais de abrandamento.
Depois de setembro pode haver nova descida
Depois de setembro, os analistas acreditam que poderá haver, pelo menos, mais um corte de 25 pontos base, neste caso em dezembro.
Tudo depende, é claro, da inflação no próximo ano. Poderá haver novos cortes, em março, junho e setembro de forma a cortar para metade as taxas, que rondam agora os 4%.
Tudo isto com impacto direto nas Euribor e nas prestações de quem pediu ao banco dinheiro para comprar casa.
Até aqui, as descidas têm sido residuais e a tendência deverá manter-se para quem tem os contratos revistos agora em agosto.
O BCE, até ao final do ano, tem pela frente vários desafios e ameaças nesta batalha contra a inflação. As guerras na Ucrânia e no Médio Oriente, a situação política em França e o resultado das eleições nos Estados Unidos da América.