André Ventura reconhece que a decisão sobre o Orçamento do Estado terá consequências políticas para o partido, seja ela qual for. O Chega continua a acreditar que é possível chegar a acordo com o executivo, mas fontes do partido adiantam à SIC que estão praticamente às escuras nas negociações.
Nesta fase do calendário, André Ventura não cai na tentação de dar pistas sobre como vai votar o Orçamento do Estado. Por mais que queira desvalorizar, André Ventura sabe que um eventual chumbo no Orçamento pode gerar a imagem de um partido com 50 deputados irresponsáveis que atiraram o país para uma nova crise política. Daí até ser penalizado nas urnas é um pequeno passo.
Para já, a direção do partido continua a acreditar num entendimento, apesar de continuar a desconfiar que o Governo não está a fazer mais do que encenar negociações.
"O Orçamento do Estado não será viabilizado por maior ou menor pressão política seja de quem for. (...) Será única e exclusivamente com este critério: este Orçamento é bom para os portugueses, ou não é bom para os portugueses? (...) Vai resolver problemas que os socialistas não resolveram, ou vai manter esses problemas?", referiu Ventura.
A decisão está longe de estar tomada. Para já, o Chega espera pelo Governo.