Economia

Preço do peixe não desceu apesar do aumento nas capturas

Alguns mercados tradicionais de peixe queixam-se de que o negócio está a viver dias difíceis. Para quem vende, é preferível reduzir a margem para não perder clientes.

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Os comerciantes dizem que os preços altos e a concorrência das grandes superfícies estão a afastar clientes. É o que acontece, por exemplo, no mercado municipal de Coimbra.

São poucos os clientes durante a semana. Os dias mais concorridos são à sexta e ao sábado. Nas bancas, está o pescado vindo através de intermediários das lotas nacionais. Com mais ou menos variedade consoante a altura, os vendedores dizem que pensam nos fregueses habituais, até porque são esses que ainda assim vão garantindo o negócio, apesar dos preços.

"Prefiro pagar mais, mas procurar produtos portugueses e o peixe da nossa costa", contou, à SIC, uma cliente.

Na última década, as capturas têm sido mais ou menos idênticas, com a exceção de 2020, ano da pandemia, cujo registo ficou abaixo das 100 toneladas. Em 2023, houve mais peixe que no ano anterior, o que fez descer o preço na lota, mas não no consumidor final.

Para quem vende, é preferível reduzir a margem para não perder clientes.

"Nós, aqui, não conseguimos concorrer com as grandes superfícies", explicou o vendedor Manuel Soares.

Há peixe para quase todas as carteiras. A sardinha é das mais procuradas; nesta altura ronda os cinco euros, mas há espécies a mais de 10, 20 e até 30 euros por cada quilo.

Preço médio do cabaz alimentar custa mais 11 euros do que há um ano