Economia

É trabalhador a recibos verdes? Há mudanças na retenção da fonte, mas é preciso atenção

Já está em vigor a redução do IRS para os trabalhadores a recibos verdes. O imposto baixa de 25% para 23%, mas será o trabalhador a decidir que taxa quer aplicar. Por isso, é preciso ponderação. Explicamos porquê.

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É mais uma mudança nos impostos a pagar ao Estado. Desde 1 de janeiro que a retenção na fonte dos trabalhadores independentes - os chamados recibos verdes - baixou de 25% para 23%.

A taxa é fixa, ao contrário dos trabalhadores dependentes, em que é progressiva.

Mas apesar do imposto descer, a taxa de 25% vai continuar disponível e serão os trabalhadores independentes a decidir qual querem aplicar. A Ordem dos Contabilistas avisa, por isso, que é preciso ponderar.

“A taxa de 25% (...) permite, ao descontar um pouco mais, no final do ano ter que fazer um acerto”, explica Anabela Santos.

A Ordem dos Contabilistas alerta, no entanto, que quem optar pela taxa dos 23% pode ter, no momento da emissão do recibo, um aumento do rendimento líquido, mas é importante “ter ponderação”.

“Aquilo que aparentemente pode parecer (...) um aumento do rendimento líquido, pode depois não ter por efeito necessariamente um maior reembolso ou um valor de imposto a pagar exatamente igual ao que foi retido”, explica Anabela Santos.

Em suma, deve analisar qual das opções será mais vantajosa para o seu caso.

Nos últimos dias, para quem tentou emitir uma fatura-recibo no Portal das Finanças, a taxa de retenção a aplicar ainda era de 25%, sem opção de escolher, mas o problema técnico já está resolvido.

De acordo com o Orçamento de Estado para 2025, o número de trabalhadores a descontar para a Segurança Social quase duplicou numa década e em 2023 ultrapassou o meio milhão.