Economia

Quem nasceu em 1990 deverá ter uma reforma abaixo das gerações anteriores

As pessoas nascidas em 1990 deverão ter reformas significativamente inferiores às das gerações anteriores. Isto acontece porque ganham menos e têm carreiras contributivas muito mais curtas.

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De acordo com o Livro Verde sobre a Segurança Social, um quinto dos nascidos nos anos 90 apresenta uma trajetória contributiva inferior à das gerações passadas.

O estudo analisou 152 mil contribuintes nascidos em 1990, que entraram no mercado de trabalho num período de elevada taxa de desemprego. Neste contexto, registou-se um aumento da emigração, fator que não foi contabilizado na análise.

Os dados revelam que, pelo menos, 20% das pessoas nascidas nos anos 90 estão em desvantagem em relação às gerações anteriores no que diz respeito às contribuições para a Segurança Social. Além disso, 9% dos contribuintes desta geração chegaram aos 32 anos sem um único ano de descontos, enquanto 9,5% registavam apenas um ano de contribuições.

As estatísticas oficiais indicam ainda que as gerações mais jovens estão a construir carreiras contributivas ainda mais curtas do que as anteriores. Entre os fatores que explicam esta tendência estão o prolongamento dos anos dedicados à formação académica, a dificuldade de entrar no mercado de trabalho, os salários mais baixos e a crescente oferta de emprego temporário.

Uma vez que o valor das pensões de reforma está diretamente ligado às contribuições feitas ao longo da vida ativa, esta geração encontra-se particularmente desprotegida.

Entretanto, as gerações mais velhas enfrentam outros desafios. Nos últimos anos, as penalizações para quem opta pela reforma antecipada têm vindo a aumentar, levando a uma redução do número de pessoas que se reformam antes da idade legal. Em contrapartida, o número de indivíduos que se reforma por velhice tem vindo a crescer, conforme aponta o jornal Expresso.

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