Há um ano, o quilo do café robusta na loja em Matosinhos, que a SIC visitou esta manhã de terça-feira, estava a nove euros no final de 2024, chegou entretanto aos 13 euros e já aumentou outra vez.
"O café em termos de arábica estava a custar 20/21 euros, neste momento já está a 26 euros e, infelizmente, não está fora da mesa um aumento. Em termos do robusta estava nos 13/14 euros e já está em quase 17 euros".
E os clientes sente o impacto por ser "um produto de alta procura". As alternativas que muitas pessoas arranjam é "substituir ou procurar mistura mais baratas".
Encurtam-se as margens de lucro para não perder clientes mas não há como fugir ao aumento do preço da matéria-prima.
Noutra loja no Porto, fundada em 1947, a opção foi por um aumento faseado. "Tivemos aumentos na ordem dos 50/60% de um ano para o outro, e fomos incrementando o valor. Um, dois euros de cada vez para que o cliente não notasse tanto, mas vamos avisando que vai estar sempre a subir", diz Diogo Gonçalves, da loja "O Pretinho do Japão".
Já se sabe que um novo aumento pode chegar aos 25%, depois de o preço da matéria-prima ter disparado quatro épocas sucessivas devido a quebras na produção, que foram agravadas por condições adversas do estado do tempo.
Como acontece no Brasil, que sofreu uma das maiores secas de que há memória país e que é responsável pela produção mundial de cerca de metade do café arábica, cujo preço subiu mais de 20% este ano, depois de um aumento de 70% em 2024.