Economia

Renováveis geram em abril mais de 83% da eletricidade produzida em Portugal

Com este resultado, nos primeiros quatro meses do ano, Portugal manteve-se como o 3.º país europeu com maior incorporação renovável na geração de eletricidade, ficando apenas atrás da Noruega e da Dinamarca.

Renováveis geram em abril mais de 83% da eletricidade produzida em Portugal
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As fontes de energia renováveis foram responsáveis por mais de 83,3% da geração de eletricidade em abril, com destaque para a hídrica e a eólica, avançou esta quarta-feira a Associação Portuguesa de Energias Renováveis (Apren).

"Durante o mês de abril, 83,3% da eletricidade produzida em Portugal continental teve origem em fontes renováveis, com destaque para a hídrica e a eólica", lê-se no "Boletim Eletricidade Renovável" da Apren.

Nos primeiros quatro meses do ano, Portugal manteve-se como o terceiro país europeu com maior incorporação renovável na geração de eletricidade de entre os mercados analisados, com 82,2%, ficando apenas atrás da Noruega (97,2%) e da Dinamarca (83,3%).

Já no que diz respeito aos preços, de 1 de janeiro a 30 de abril, o preço médio horário registado no Mercado Ibérico de Eletricidade (Mibel)em Portugal representou um aumento de 91,1% face ao período homólogo do ano passado.

No mesmo período, foram registadas 997 horas não consecutivas em que a geração renovável foi suficiente para suprir o consumo de eletricidade de Portugal continental.

Renováveis permitiram poupança de 878 milhões

Até final de abril, as renováveis permitiram uma poupança económica de 878 milhões de euros em importações de energia, dividida entre gás natural e eletricidade.

"Estes valores demonstram o impacto estratégico das renováveis na redução da dependência energética do exterior e na robustez da economia nacional", salienta a Apren.

Citado no comunicado, o presidente executivo da associação destaca que "estes dados comprovam que as renováveis não são apenas um pilar ambiental, mas também económico, trazendo poupança aos consumidores e reduzindo a fatura de emissões de CO2".

"O setor está pronto para fazer mais, mas precisa de um modelo de mercado que reconheça e valorize este contributo estratégico", afirma o presidente da Apren, Pedro Amaral Jorge.