Nas famílias com mais de 60 anos a saúde representa a segunda maior despesa mensal e com reformas baixas, gerir o orçamento é uma verdadeira dor de cabeça. Em 2024, cerca de 20 idosos pediram por dia ajuda à DECO.
Foram cerca de 7500 pedidos de ajuda de pessoas com mais de 65 anos. Quase um terço do total de pedidos que chegaram à DECO o ano passado foram casos de quem teve mesmo de pedir créditos ao consumo ou pessoais para fazer face às despesas.
Só nos primeiros seis meses do ano, 15 mil famílias pediram só nos primeiros seis meses de 2025 ajuda à DECO por estarem sobre-endividadas. O principal motivo? Despesas com casa e alimentação.
“Acaba por ser muito constrangedor porque nós vimos as famílias a trabalharem o mês inteiro, a tempo inteiro, e a chegarem ao fim do mês e a não terem rendimento suficiente para pagar aquilo que é a alimentação e a habitação. São as duas grandes parcelas dos orçamentos das famílias”, diz Natália Nunes da DECO
E com pouca margem de manobra, a solução acaba por ser pedir créditos. A espiral de endividamento agrava-se rapidamente. Os créditos, que antes servia para concretizar sonhos, são agora um recurso para garantir o básico.