Abusos na Igreja Católica

Abusos na Igreja: nomes de três padres entregues ao Bispo de Aveiro

Diocese de Aveiro garante "tudo fazer" para que "situações dolorosas" não voltem a acontecer e reafirmou "tolerância zero" para os abusos a menores.

Abusos na Igreja: nomes de três padres entregues ao Bispo de Aveiro
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O Bispo de Aveiro recebeu, na passada sexta-feira, dia 3 de março, o nome de padres suspeitos de abuso de menores, informou a diocese de Aveiro esta sexta-feira em comunicado. Um dos padres continua em funções.

Dois sacerdotes já morreram. O terceiro já foi investigado pelo Ministério Público (MP), tendo o caso sido arquivado. O padre continua em funções, apesar de “vigiado” pela diocese.

"O Dicastério da Doutrina da Fé, no que diz respeito ao processo canónico, pede que o bispo diocesano continue a exercer o direito de vigilância em relação ao respetivo sacerdote", refere o comunicado.

Às vítimas, a diocese de Aveiro diz estar disponível para facultar apoio médico.

A diocese de Aveiro garante ainda "tudo fazer" para que "situações dolorosas" não voltem a acontecer e reafirmou "tolerância zero" para os abusos a menores.

Nesse sentido, pediu à Comissão Diocesana para a Proteção de Menores e Pessoas Vulneráveis formação a sacerdotes, catequistas e responsáveis das Instituições de Solidariedade Social para prevenir possíveis abusos.

Investigação a abusos sexuais

A Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais contra as Crianças na Igreja Católica Portuguesa, constituída por decisão da Conferência Episcopal Portuguesa e coordenada pelo pedopsiquiatra Pedro Strecht, validou 512 testemunhos, apontando, por extrapolação, para pelo menos 4.815 vítimas.

Os testemunhos referem-se a casos ocorridos entre 1950 e 2022, o espaço temporal abrangido pelo trabalho da comissão.

A comissão entregou uma lista de alegados abusadores no ativo à Conferência Episcopal Portuguesa.

SNS de braços abertos para vítimas de abusos sexuais

O ministro da Saúde, Manuel Pizarro, diz que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) vai estudar formas de ajudar a vítimas de abusos sexuais na Igreja Católica.

O governante confirmou a realização de uma reunião de trabalho na quinta-feira entre a Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais na Igreja Católica Portuguesa e o Ministério da Saúde.

Manuel Pizarro admitiu a possibilidade de as vítimas receberem apoio psicológico e psiquiátrico.