Um dos padres afastados pelo patriarcado de Lisboa, suspeito de abusos sexuais, demitiu-se das funções que desempenhava numa escola de música. A decisão foi tomada por vontade própria.
Teodoro Dias de Sousa foi um dos quatro sacerdotes afastados pelo patriarcado de Lisboa por integrar a lista de alegados abusadores.
Em comunicado, a escola esclarece que nunca soube de qualquer acusação ou indício, mas que, para salvaguardar a imagem da academia, decidiu aceitar o pedido de demissão.
O tema dentro da própria Igreja parece continuar um tabu. Numa vigília organizada nos Jerónimos, a propósito da Jornada Mundial da Juventude, nem uma palavra dirigida às vítimas dos abusos nem aos alegados abusadores.
Pode haver quem queira manter o tema à sombra, mas o Vaticano tem dado sinais do contrário e resolveu mesmo alargar a lei dos abusos sexuais. A partir de abril, também os leigos responsáveis por associações católicas vão ser obrigados a denunciar os crimes.