Afeganistão

Quase 20 mil pessoas retiradas do Afeganistão, mas há ainda milhares a tentar sair

Colaboradores do Governo deposto estarão em risco. 

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Nos últimos dias, cerca de 20 mil pessoas foram retiradas do Afeganistão, a maior parte pessoal diplomática, mas há ainda milhares a tentar desesperadamente sair do país. Numa altura em que crescem as suspeitas de que os Talibã estão a perseguir colaboradores do governo deposto.

Apesar da operação de sedução mediática em curso e do tom conciliador dos porta-vozes Talibã, há cada vez mais sinais que apontam para uma realidade muito distante das promessas de amnistia do grupo radical islâmico.

Um relatório de uma agência norueguesa que trabalha para as Nações Unidas e a que a BBC teve acesso revela que os militantes estão a perseguir, a prender e a torturar afegãos que trabalharam para a Nato ou colaboraram de alguma forma com o Governo deposto. Muitos dos que estão em risco não terão possibilidade de fugir do país.

Depois de duas décadas de alguma emancipação, as mulheres voltam a estar particularmente vulneráveis à ideologia extremista dos Talibã, que entre 96 e 2001 as proibiu de trabalhar ou de estudar.

Em algumas entrevistas, o grupo radical islâmico disse ter mudado nas últimas duas décadas e colocou mesmo a possibilidade de vir a ter mulheres no governo.

Às preocupações da comunidade internacional, a diplomacia Talibã responde com promessas inclusão sem eleições.