Afeganistão

Tensão volta a aumentar no aeroporto de Cabul. Disparos para o ar para tentar evitar invasão

Momentos captados em vídeo.

Do Afeganistão chegam mais vídeos do caos vivido junto ao aeroporto de Cabul, onde milhares de pessoas se juntaram nos últimos dias para tentar fugir. As imagens mostram militares a dispararem para o ar enquanto centenas de pessoas atravessam arame farpado.

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A agência Reuters avança que um civil alemão foi atingido a tiro quando se deslocava para o aeroporto de Cabul, mas não corre perigo de vida. Um porta-voz do Governo alemão informou que o cidadão será retirado de Afeganistão ainda esta sexta-feira.

"Um civil alemão foi atingido a tiro a caminho do aeroporto de Cabul. Está a receber cuidados médicos, mas não corre perigo de vida e ele será retirado em breve".

O DESESPERO DE QUEM QUER FUGIR DOS TALIBÃS

Desde a conquista do poder pelos talibãs no domingo, milhares de afegãos rumaram ao aeroporto da capital numa tentativa de fuga, numa altura em que os países ocidentais se apressam a retirar os seus cidadãos do Afeganistão.

Na segunda-feira, vídeos divulgados nas redes sociais mostravam milhares de pessoas a correrem ao lado de um avião da Força Aérea norte-americana durante a descolagem. Nas imagens, é possível observar um grupo de pessoas agarrado ao exterior do avião. Noutro vídeo, já depois do aparelho ter levantado voo, vê-se o que parecem ser dois corpos a cair da aeronave.

PELO MENOS 12 PESSOAS MORRERAM NOS ÚLTIMOS DIAS NO AEROPORTO DE CABUL

Entre rajadas de metralhadora e violentas debandadas, já morreram pelo menos 12 pessoas no Afeganistão. No centro da capital paira o medo, a incerteza e uma calma aparente. Bancos e edifícios públicos permanecem encerrados, mas o comércio que reabriu já sente os efeitos dos novos tempos. Nas ruas há cada vez mais militantes armados, e as mulheres que arriscam sair percebem que não foi apenas o regime que mudou.

O fim da democracia e a vitória do fundamentalismo já calou a música nas rádios e os filmes na televisão. Vinte anos depois o país volta a cair nas mãos de um dos mais temidos grupos radicais do mundo.

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