O país atravessa a segunda seca em três anos e o conflito está a obrigar milhares de pessoas a abandonar as suas casas. O Programa Alimentar Mundial, das Nações Unidas, estima que 40 milhões de pessoas na região precisem de ajuda humanitária.
A agravar o conflito na região depois da tomado do poder pelos talibãs, o país atravessa a segunda seca em três anos. Este inverno foi um dos mais secos dos últimos 30 anos.
Por isso, as colheitas de trigo reduziram 40% e os preços dos alimentos à base de cereais inflacionaram 24%.
A UNICEF está no terreno a apoiar os afegãos que chegam a Cabul em situações precárias, forçados a sair das suas casas.
O Diretor-Geral da Organização Internacional para as Migrações já tinha alertado para a situação de fome no país. António Vitorino disse estar a aguardar que a situação política estabilize no país para poder recomeçar as missões humanitárias em segurança.
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