Afeganistão

Banco Mundial segue exemplo do FMI e suspende financiamento ao Afeganistão

Banco Mundial demonstra "profunda preocupação" com o desenvolvimento do país e com os direitos das mulheres.

Banco Mundial segue exemplo do FMI e suspende financiamento ao Afeganistão
US MARINES

O Banco Mundial anunciou esta terça-feira que suspendeu a ajuda financeira ao Afeganistão no seguimento do regresso ao poder dos talibã, salientando a "profunda preocupação" com o desenvolvimento do país e com os direitos das mulheres.

"Suspendemos os desembolsos (de financiamento) para as nossas operações no Afeganistão e estamos a acompanhar de perto e a avaliar a situação", disse uma porta-voz desta entidade financeira multilateral à agência francesa de notícias, a AFP.

"Estamos profundamente preocupados com a situação no Afeganistão e com o seu impacto nas perspetivas de desenvolvimento do país, especialmente para as mulheres", acrescentou a porta-voz, prometendo, ainda assim, que o banco está a explorar "formas de continuar envolvido no apoio ao povo afegão".

A decisão do Banco Mundial segue o anúncio feito na terça-feira passada pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), que também indicou que o financiamento ao país estava suspenso, a começar pela parte dos Direitos Especiais de Saque que se tornaram efetivos na segunda-feira, num total de 650 mil milhões de dólares (cerca de 552 mil milhões de euros), dos quais cerca de 400 milhões de dólares, representando 340 milhões de euros, iriam para Cabul.

"Como sempre, o FMI é orientado pelas opiniões da comunidade internacional", disse o porta-voz da organização num comunicado enviado às redações.

Segundo Gerry Rice, "existe atualmente uma falta de clareza na comunidade internacional relativamente ao reconhecimento de um governo no Afeganistão e, como resultado, o país não pode aceder aos Direitos Especiais de Saque (DES) ou a outros recursos do FMI".

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