A Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA, na sigla em inglês) proibiu na segunda-feira as companhias aéreas comerciais dos EUA de voarem "a qualquer altitude" sobre o território afegão.
A agência norte-americana indicou ainda em comunicado que as companhias devem receber "autorização prévia", uma decisão tomada após os Estados Unidos terem terminado a guerra de duas décadas no Afeganistão.
A FAA explicou que tal se deve "à falta de serviços de tráfego aéreo e de uma autoridade civil funcional no Afeganistão, bem como às contínuas preocupações com a segurança".
A mesma entidade recomendou que as companhias aéreas dos EUA utilizassem uma rota "a grande altitude perto da fronteira oriental" do país da Ásia Central.
"Qualquer operador de aeronaves civis dos EUA que deseje voar de/para o Afeganistão ou sobrevoar o Afeganistão deve receber autorização prévia da FAA", pode ler-se na nota.
O chefe do Comando Central dos EUA (CENTCOM), o general Frank McKenzie, disse numa conferência de imprensa no Pentágono, que o último avião militar norte-americano descolou do Aeroporto Internacional Hamid Karzai de Cabul a meio da tarde, no qual viajaram o embaixador dos EUA no Afeganistão, Ross Wilson, e o major-general Chris Donahue, comandante da 82.ª Divisão Aérea do Exército dos EUA, o último soldado norte-americano a deixar aquele país.
EUA terminam missão no Afeganistão ao fim de 20 anos. Tropas abandonaram o país
Os militares norte-americanos abandonaram o Afeganistão esta segunda-feira, informou o Pentágono. Os Estados Unidos terminam assim a missão no Afeganistão, ao fim de 20 anos.

A missão termina ao fim de 20 anos, no dia em que o Daesh-K reivindicou o lançamento de seis rockets. O alvo era o aeroporto de Cabul, mas foram intercetados por forças dos Estados Unidos.
Depois da confirmação da retirada dos últimos soldados norte-americanos do Afeganistão, ao fim de 20 anos de presença norte-americana, foram ouvidos tiros em Cabul, durante a madrugada na capital afegã, controlada pelos talibãs.