A horas do fim do prazo para a retirada das forças estrangeiras do Afeganistão, continuam os ataques e a torrente de informação difícil de confirmar: a meio da tarde, o ramo afegão do grupo jiadista Daesh reinvindicou o lançamento, esta segunda-feira, de seis 'rockets' que tinham como alvo o aeroporto de Cabul. Terão sido intercetados pelos Estados Unidos.
De domingo, chegam relatos de pelo menos duas outras explosões que provocaram mortes. Uma foi causada por um ataque norte-americano com um drone contra um veículo que transportaria membros do autoproclamado Estado Islâmico e a outra explosão aconteceu depois de um foguete, disparado de um local desconhecido, ter atingido uma casa numa área residencial.
Foi neste contexto que um comandante talibã foi à televisão afegã prometer segurança no país e pedir para o povo não abandonar o Afeganistão.
No arranque da semana, o tema Afeganistão ocupou os sete países mais industrializados do mundo, bem como a Turquia, o Qatar, a NATO e representantes da União Europeia juntos numa mesma reunião.
Da Agência das Nações Unidas para os Refugiados, o ACNUR, chega o pedido de dinheiro para a resposta humanitária à inevitável crise no país onde hoje o medo e a fome unem e afastam.
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