Milhares de afegãos conseguiram sair do país nas últimas semanas, mas vivem agora com dúvidas sobre o futuro que lhes resta e sobre o que resta às famílias que deixaram para trás.
Num centro de acolhimento, localizado nos arredores de Nantes, em França, Fanoos recorda os dias em que era conhecida como uma das principais atletas da seleção feminina de futebol. Assim que os talibã chegaram a Cabul, acabaram com a equipa.
A maior parte da seleção feminina e masculina conseguiu fugir no mesmo avião das Forças Aéreas australianas e, mais tarde, foi colocada em França.
Na Sérvia, as preocupações passam por saber notícias de casa, especialmente os que trabalharam de perto com os soldados norte-americanos e que deixaram as famílias para trás, tornando-se um alvo apetecível.
Aos Estados Unidos chegam milhares de refugiados que passaram, primeiro, pelo Qatar. Em breve, o país vai ter capacidade para acolher 50 mil pessoas que serão colocadas, numa primeira fase, em bases militares por todo o país.
Em Teerão, 150 afegãos protestam junto à embaixada alemã. Fugiram dos talibã para o Irão e agora exigem vistos, tal como os que foram transportados desde o aeroporto de Cabul.
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