Afeganistão

Afeganistão: Guterres convoca reunião para discutir reforço da ajuda humanitária

Afeganistão ainda aguarda pelo anúncio da formação do novo Governo.

Afeganistão: Guterres convoca reunião para discutir reforço da ajuda humanitária
Susana Vera

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, convocou esta sexta-feira uma reunião para 13 de setembro, em Genebra (Suíça), para discutir com os Estados-membros o reforço da ajuda humanitária no Afeganistão, informou o seu porta-voz em comunicado.

Na reunião, segundo Stéphane Dujarric, a Organização das Nações Unidas (ONU) vai defender "um rápido aumento do financiamento, para que as operações humanitárias que salvam vidas possam continuar".

O Afeganistão ainda aguarda pelo anúncio da formação do seu novo Governo, quase três semanas depois do regresso ao poder dos talibãs, que entraram em confronto com forças da resistência no Vale do Panjshir, a única das 34 províncias afegãs que não foi conquistada pelo grupo extremista islâmico.

No entanto, um porta-voz dos talibãs disse à agência de notícias AFP que a apresentação do novo executivo em Cabul, que será examinada de perto pelos afegãos e por uma comunidade internacional não convencida pelas promessas de abertura do movimento islâmico, é esperada no mínimo no sábado.

Regressando ao poder 20 anos depois de terem sido derrubado por uma coligação liderada pelos Estados Unidos da América (EUA), os talibãs prometerem, desde a conquista de Cabul em 15 agosto, a formação de um governo "inclusivo" e que os direitos das mulheres seriam respeitados.

A composição do novo executivo afegão será, portanto, uma prova do desejo de mudança dos talibãs, cuja primeira passagem no poder, entre 1996 e 2001, ficou marcada por uma política brutal em relação às mulheres e à oposição política.

A vitória dos talibãs no Afeganistão desencadeou uma operação das forças internacionais que permitiu retirar do país mais de 100.000 estrangeiros e afegãos a partir do aeroporto de Cabul.

Com a capital afegã controlada pelos talibãs, a operação foi marcada pelo desespero de milhares de afegãos a querer fugir do país e por ataques do grupo extremista Estado Islâmico, incluindo um atentado bombista que matou cerca de 200 pessoas.

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