Os talibã prometem anunciar, em breve, o novo Governo em Cabul. Garantem ter tomado o vale de Panjshir e derrotado o último bastião da resistência, mas os insurgentes garantem ainda manter a luta armada naquela província do Afeganistão.
A Frente Nacional da Resistência do Afeganistão, que combate os talibãs em Panjshir, nega a reivindicação das forças do Daesh. Mas a guerra não se trava apenas no terreno, a propaganda é uma arma a que todos têm acesso.
No mesmo dia em que asseguram ter assumido o controlo total do último bastião da resistência, os talibã deixam a ameaça: qualquer tentativa de insurgência será severamente reprimida. E ninguém parece estar a salvo.
A formação do novo Governo está iminente, garante o porta-voz dos talibã. Enquanto isso, o país está em suspenso. Há quem comercialize bens, mas a maioria não tem salário ou sequer dinheiro.
O mundo assiste, comprometido, aos despojos da guerra que subitamente chega ao fim depois de 20 anos. O Governo britânico assegura que está a preparar a retirada dos que foram deixados para trás. Já Washington tem mantido discrição sobre o que estará a ser feito para retirar do Afeganistão os cidadãos norte-americanos e afegãos vulneráveis que não conseguiram sair.
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