Afeganistão

Ativos do Banco do Afeganistão controlados por EUA por mais um ano

Devido ao estado de alerta em vigor, as autoridades norte-americanas garantem ser capazes de manter os ativos do Banco Central Afegão nas mãos de instituições financeiras dos EUA.

Ativos do Banco do Afeganistão controlados por EUA por mais um ano
Hussein Malla

O Governo dos EUA anunciou no sábado a prorrogação por um ano do estado de alerta que permite a instituições norte-americanas controlar os seus ativos no Afeganistão, face à ameaça da crise humanitária criada pelo regime talibã.

"A preservação de alguns ativos do Banco do Afeganistão mantidos por instituições financeiras dos EUA é de suma importância para lidar com esta emergência nacional e o bem-estar do povo do Afeganistão", explicou a Casa Branca, num comunicado divulgado no sábado à noite.

Por isso, o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, decidiu estender o atual estado de alerta por um ano, até 11 de fevereiro de 2024, de acordo com a nota do decreto, que invoca a chama Lei de Poderes Económicos de Emergência Internacional.

Devido ao estado de alerta em vigor, as autoridades norte-americanas garantem ser capazes de manter os ativos do Banco Central Afegão nas mãos de instituições financeiras dos EUA, preservando a situação de antes da recaptura do país pelos talibãs, em agosto de 2021.

"A crise humanitária generalizada no Afeganistão e o potencial de colapso económico continuam a representar uma ameaça incomum e extraordinária à segurança nacional e à política externa dos Estados Unidos", acrescentou a Casa Branca no comunicado.

Há vários meses que os talibãs pedem aos Estados Unidos que descongelem os ativos, para que o seu regime seja capaz de resolver a crise humanitária no país.

Contudo, Washington não reconhece o regime fundamentalista talibã no Afeganistão e teme que os fundos sejam usados para financiar ações de terrorismo internacional.