Tem nome de Rei, mas é em terra de Emir que Artur Jorge abraça o mais recente desafio além-fronteiras da carreira. O segundo no espaço de dois anos, depois de uma temporada inesquecível no Brasil.
“2024 foi o melhor ano da minha vida desportiva”, afirma, em entrevista ao jornalista Nuno Luz, o treinador português que chegou, viu e venceu. E venceu outra vez. Não só devolveu o título brasileiro ao Botafogo quase 30 anos depois como conseguiu a proeza de comandar o “Fogão” rumo à inédita conquista da Libertadores.
“Tenho um grande carinho pelo Botafogo, pelos seus adeptos e pelos seus jogadores. Isso nunca vai mudar”, assegura.
Sobre a nova experiência no Qatar, ao serviço do Al Rayyan, o técnico português destaca a qualidade de vida e alterações drásticas face à realidade ocidental: “A nossa planificação tem de contemplar o momento da reza dos atletas”, exemplifica.
"Treinador português poderia ser um tremendo caso de sucesso na seleção brasileira"
Artur Jorge aborda também o estatuto que o treinador português alcançou no Brasil, mas rejeita que seja simplesmente uma questão de nacionalidade. Defende, sim, que se trata de uma “questão de projeto e de competência”.
O treinador minhoto, de 53 anos, não esquece Jorge Jesus e Abel Ferreira e admite a possibilidade de, num futuro próximo, a seleção do Brasil ser orientada por um português: “Poderia ser um tremendo caso de sucesso”.
Artur Jorge partilha também duas experiências que o marcaram no passado recente: uma envolve uma ida ao deserto e a outra uma palestra antes de um jogo decisivo para a Taça de Libertadores, que envolveu um grupo de adeptos.