Ricardo Serrano Vieira diz que faltam arguidos ao processo de Tancos.
Em declarações aos jornalistas, o advogado mantém que o cliente apenas cumpriu ordens.
Investigador da PJ Militar diz que mentiu ao Ministério Público por ordem superior
O investigador da Polícia Judiciária Militar major Pinto da Costa revelou na passada semana que o seu superior coronel Estalagem lhe pediu para mentir aos procuradores do Ministério Público sobre o armamento furtado em Tancos ter sido recuperado devido a uma chamada anónima.
"O coronel Estalagem, meu superior, disse-me no caminho entre Santa Margarida e o Departamento Central de Investigação e Ação Penal no dia em que as armas foram recuperadas: 'Tens de confirmar a questão da chamada anónima', e eu cumpri", afirmou arguido e investigador da Polícia Judiciária Militar (PJM) no julgamento do processo Tancos, apesar de assumir que sabia que o material bélico tinha sido recuperado devido à colaboração de um informador.
Para explicar a sua atitude, Pinto da Costa referiu diversas vezes durante o interrogatório que sempre cumpriu ordens e que, enquanto militar, nunca as questionava tal como aconteceu com o que lhe "mandaram dizer" na reunião do DCIAP, acrescentando que não falou da existência de um informador "porque não lhe pediram para dizer".