O ex-ministro da Defesa, Azeredo Lopes, diz que não denunciou a Judiciária Militar às autoridades nem ao primeiro-ministro porque não detetou ilegalidades e o Governo nessa altura estava ocupado com os fogos.
Ao segundo dia de interrogatório no julgamento de Tancos, o antigo governante voltou a desvalorizar a dimensão do furto.
PROCESSO DE TANCOS
O processo de Tancos tem 23 arguidos, 10 dos quais respondem por associação criminosa, tráfico e mediação de armas e terrorismo, pelo alegado envolvimento no furto do armamento.
Os restantes 13, entre eles Azeredo Lopes, dois elementos da PJM e vários militares da GNR, sobre a manobra de encenação da recuperação do material ocorrida na região da Chamusca, numa operação que envolveu a PJM, em colaboração com elementos da GNR de Loulé.
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