Um dos militares acusados no processo de Tancos assume que mentiu ao Ministério Público sobre a forma como as armas foram encontradas, mas garante que o fez para não desautorizar as chefias. Roberto Pinto da Costa garante que apenas cumpriu ordens quando participou na investigação da Judiciária Militar.
"Quando um Diretor-Geral dá a ordem, eu não digo 'não'. Andei, por determinações superiores, a fazer diligências para apurar o máximo de informações sobre Tancos", disse o arguido.
Roberto Pinto da Costa nega ter participado numa investigação ilegal à margem da Polícia Judiciária e do Ministério Público. Assumiu, no entanto, ter mentido às autoridades ao dizer que as armas tinham sido descobertas graças a uma chamada anónima. O objetivo era encobrir superiores hierárquicos.
Afastado da Judiciária Militar, Pinto da Costa responde por sete crimes e confessa em tribunal ter sentido medo da PJ quando percebeu que estava a ser vigiado.
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