O Diretor Nacional da PSP diz que já estava à espera de um ataque como o que ocorreu no Centro Ismaili, em Lisboa, na semana passada, quando um homem matou duas mulheres à facada.
"Estávamos de certa forma à espera. Éramos dos poucos países da Europa que não tínhamos tido ainda uma ocorrência com um atacante ativo como nós o classificamos".
Magina da Silva vai agora condecorar os dois polícias que travaram o atacante, com o Prémio de Segurança Pública da PSP.
Quem é Abdul Bashir, o homem que atacou o Centro Ismaili?
Abdul Bashir, o refugiado afegão que matou esta terça-feira duas mulheres no Centro Ismaili, vive em Portugal desde 2021. É viúvo e tem três filhos menores. Não estava sinalizado pelas autoridades.
Há dois anos, num vídeo publicado na conta do Youtube da organização SOS Refugiados Europa, Abdul Bashir confessou enfrentar "condições de vida difíceis", que o próprio deu a conhecer às Nações Unidas.
Apresentou-se como sendo um "refugiado na Grécia", onde vivia com os três filhos menores, depois de ter perdido a mulher num incêndio que decorreu no campo de refugiados.
Chegou a Portugal em 2021. Estava matriculado nas aulas de português do Centro Ismaili e recebia da comunidade ajuda alimentar para os três filhos menores.
Abdul Bashir aparentava ter uma vida tranquila e não estava sinalizado pelas autoridades. A Polícia Judiciária afasta qualquer ligação do crime a um ato de terrorismo. As autoridades confirma que o afegão tinha viagem marcada para Alemanha, juntamente com os filhos.