O Tribunal de Coimbra rejeitou o pedido do PSD para impugnar a candidatura de Pedro Santana Lopes à Figueira da Foz.
Os sociais-democratas alegavam que o movimento independente encabeçado por Santana Lopes tinha denominações diferentes, surgindo umas vezes com o nome "Figueira a Primeira", outras com o nome "Pedro Santana Lopes, Figueira a Primeira".
O PSD afirmava também que a candidatura não apresentava o número de proponentes suficientes nem os dados exigidos para a prova desse número.
Ambas as alegações foram rejeitadas pelo Tribunal. Ainda assim, diz o despacho a que a SIC teve acesso, a candidatura de Santana Lopes terá de usar oficialmente apenas a designação "Figueira A Primeira".
SANTANA LOPES QUER TRÊS MANDATOS PARA UMA FIGUEIRA DA FOZ "LIDERANTE"
O antigo primeiro-ministro Pedro Santana Lopes, que apresentou a candidatura à Câmara da Figueira da Foz 24 anos depois o ter feito pela primeira vez, garantiu ser sua intenção cumprir os três mandatos para um município "liderante".
Depois de ter sido presidente daquele município do distrito de Coimbra entre 1997 e 2001 pelo PSD, Santana Lopes disse ter então saído da Figueira da Foz para conquistar Lisboa, por "imperativo nacional".
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Desta vez, contudo, o antigo presidente do PSD e ex-secretário de Estado prometeu três mandatos, o máximo permitido por lei, e uma Figueira da Foz "na frente, liderante".
"A Figueira da Foz tem de ser a capital do mar. A Figueira tem de liderar na investigação e na ciência, e, por isso, vai nascer entre a Costa de Lavos e a Gala um centro de investigação em ciências do mar", disse, além de um centro de investigação da floresta.
Admitindo que a "malta nova" foi quem mais o incentivou a regressar à Figueira da Foz, Pedro Santana Lopes exigiu respeito pelo município e lembrou a "falta de respeito" que existe atualmente, com quatro pessoas a administrarem o Porto da Figueira, mas que são de Aveiro.
"Mas que foi feito nestes últimos 20 anos? Como está o Oásis (na praia)? Como está o Paço de Maiorca? O Convento de Seiça?", perguntou.