A habitação foi um dos principais tema no debate dos sete candidatos à Câmara Municipal de Lisboa. Entre críticas a Fernando Medina, atual presidente da autarquia, e a discussão sobre a autoria das medidas, o tema foi dos mais quentes no debate.
João Ferreira atirou ao PS e ao Bloco de Esquerda: “o acordo entre o PS e o Bloco de Esquerda previa 25 mil pessoas novas a terem acesso à habitação acessível. Não foram nem 25, nem 20, nem 15, nem 10 mil. Podemos dizer que, em termos gerais, este compromisso resultou num rotundo fracasso”.
Beatriz Gomes Dias afirmou que foram entregue “1000 casas” e defendeu uma resposta para a habitação 100% pública.
Medina admitiu falhas nas promessas que tinha cumprido, mas, quando questionado por Nuno Graciano, candidato do Chega, sobre o porquê de não ter cumprido a entrega de 6.000 imóveis, justificou-se com a pandemia.
"Eu não sei em que planeta andou nos últimos dois anos, mas houve uma pandemia. Acha que as coisas aconteceram ao ritmo que aconteceriam normalmente?", disse Fernando Medina.
“A pandemia não serve para tudo”, rematou Graciano.
Por outro lado, Carlos Moedas criticou o Programa de Rendas Acessíveis, dizendo que “não funcionou porque a Câmara não seguiu as regras”. O candidato da coligação à direita afirmou ainda que “não podemos ser todos inquilinos da Câmara” e apresentou uma das suas medidas de bandeira nestas eleições: a isenção do IMT para jovens.
João Ferreira reagiu à proposta, afirmando que “quem compra uma casa em Lisboa, pressupõe que a pessoa tem dinheiro para comprar a casa”, referindo-se aos altos valores imobiliários praticados na capital.
Bruno Horta Soares, candidato da Iniciativa Liberal, deixou críticas à governação à esquerda, afirmando que “a esquerda que aqui está representada é que nos trouxe para uma situação de pobreza”. Defende que a autarquia deve avançar com “políticas públicas de habitação” em vez de “políticas de habitação pública”.