Numa entrevista ao jornal alemão Bild, Gonçalo Amaral, o antigo coordenador da Polícia Judiciária de Portimão, considera que o sequestro de Madeleine MacCann foi "simulado".
O antigo inspetor, de 61 anos, que liderou a investigação do caso Maddie, entende que o principal suspeito do crime "nada tem a ver" com o desaparecimento da criança e aponta novamente para os pais como sendo os "principais suspeitos":
Uma das provas que originou as suspeitas de Amaral foram as impressões digitais:
"Uma janela que ninguém sabia ao certo se estava aberta ou fechada, apenas fomos informados de que o suposto raptor entrou e saiu por lá. E também havia impressões digitais da mãe, o que mostra que ela abriu a janela".
Durante a investigação, em 2007, Gonçalo Amaral concebeu a teoria de que a criança tinha morrido no apartamento e que o rapto foi uma forma de fazer desaparecer o corpo e desviar as atenções.
"Nas primeiras horas, mesmo antes de desconfiarmos dos pais, recebemos uma lista de pedófilos que moravam na região e Brueckner estava nessa lista. Mas como é que alguém invadiu o apartamento sem deixar impressões digitais ou outras provas", questionou o antigo inspetor, acrescentando que "as declarações públicas do Ministério Público alemão apenas serviram para a construção do suspeito, para que as pessoas digam "que monstro é este Brueckner".
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