"Empresários e responsáveis do Governo norte-americano vão expôr a abordagem norte-americana" que pretende conciliar "segurança energética, desenvolvimento económico e objetivos climáticos que poderá servir como modelo para os outros países", explica a embaixada dos EUA em Berlim, em comunicado citado pela AFP.
"À medida que o mundo tenta reduzir as emissões (de gases com efeito estufa) e promover a prosperidade económica, os combustíveis fósseis vão continuar a ter um papel central", sublinha o comunicado. "Os Estados Unidos esforçam-se para continuar a trabalhar em estreita colaboração com outros (países) para os ajudar a aceder aos combusíveis fósseis mais limpos e eficazes".
Vão participar nesta reunião George David Banks, conselheiro especial do Presidente Donald Trump para o ambiente e a energia, e Francis Brooke, conselheiro do vice-presidente Mike Pence. Estarão também presentes o diretor da Associão de Energia dos EUA, Barry Worthington, e dirigentes de empresas energéticas como Peabody Energy (maior empresa mundial de carvão), Tellurian (gás) e NuScale Power (nuclear).
O evento decorre à margem da Cimeira do Clima, e suscitou várias críticas. Em bona para a 23.ª Conferência das Partes (COP23) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas estão reunidos quase 200 países.
Publicado hoje relatório sobre aumento das emissões de CO2
A iniciativa americana acontece no dia em que foi revelado novo relatório sobre o aumento das emissões de CO2 no mundo - um dos gases com efeito de estufa, responsáveis pelas alterações climáticas e cuja origem está 75% nos combustíveis fósseis - carvão, petróleo e gás.
Donal Trump anunciou a 1 de junho deste ano que retirava os EUA do Acordo de Paris contra as alterações climáticas - decisão que só pode ser concretizada em novembro de 2020.
"Não existe 'carvão limpo'", garante o climatologista Piers Forster da Universidade de Leeds. "O carvão não é limpo, é perigoso", alerta.