A Cimeira do Clima da Escócia recebeu esta terça-feira alguns dos mais importantes líderes mundiais. Houve lugar a anúncios nos temas da desflorestação e do controlo do metano, o outro gás que - além do carbono - mais responsabilidade tem nas alterações climáticas.
O primeiro e grande anúncio foi o acordo de cerca de 100 países, detentores de 85% das florestas mundiais, em conter a desflorestação. Compromissos assumidos numa altura em que, por minuto, desaparece o equivalente a 27 estádios de futebol.
O metano é um gás com poderoso efeito de estufa, muito superior ao mais mediático dióxido de carbono. Ainda que pouco falado, tem um efeito de aquecimento cerca de 29 vezes superior ao CO2 durante um período de 100 anos, e cerca de 82 vezes durante um período de 20 anos.
De acordo com o documento a concretização do Compromisso Global de Metano reduzirá em pelo menos 0,2 graus celsius o aquecimento global até 2050, "proporcionando uma base fundamental para os esforços globais de mitigação das alterações climáticas".
A China, maior poluidor mundial, confirmou por escrito a data para a neutralidade carbónica: 2060, dez anos mais tarde do que a generalidade dos países, mas, ainda assim, 10 anos mais cedo que o terceiro maior poluidor do mundo, a Índia.
A SIC em Glasgow
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