O acordo alcançado esta terça-feira em Glasgow, no qual os líderes mundiais se comprometeram a travar a desflorestação até 2030, vai permitir preservar as maiores florestas do mundo, essenciais para o controlo do efeito de estufa e aumento da temperatura.
Todavia, há muitos países para os quais essa preservação é um desafio quase impossível.
Com as reservas de petróleo a esgotarem-se e o mundo a caminhar para o fim do uso dos combustíveis fósseis, o Gabão está a apostar na indústria madeireira para ajudar a salvar a economia.
Como os outros países da África Central, que gerem a segunda maior floresta tropical do planeta a seguir à Amazónia, as autoridades locais estão a tentar preservar as florestas mas, ao mesmo tempo, têm outras preocupações que não podem ignorar.
O Gabão quer tentar manter pelo menos 85% das florestas nos próximos anos. O plano é apostar cada vez mais em métodos de utilização da madeira e de produção de derivados, que sejam mais rentáveis e menos poluentes.
O país está a cortar a mesma quantidade de madeira que cortava há 10 anos, mas está a fazê-lo de forma mais sustentável e espera que as outras nações africanas sigam o exemplo.
As florestas tropicais são essenciais para a qualidade do ar que respiramos. Absorvem grandes quantidades de dióxido de carbono, um dos gases mais poluentes, e emitem oxigénio, ajudando a manter um equilíbrio imprescindível ao futuro do planeta.
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