Os 197 países reunidos na Cimeira do Clima COP26 anunciaram um rascunho ambicioso para o Acordo de Glasgow, com cortes nas emissões poluentes previstos para 2022. A antecipadas das metas do Acordo de Paris é vista como a única forma para limitar o aquecimento global a 1,5ºC.
Está aberta a complexa maratona negocial o acordo final que irá encerrar a Cimeira do Clima. O rascunho deixa um apelo ao fim faseado do carvão e dos subsídios a combustíveis fósseis e reforça o financiamento dos países mais vulneráveis às alterações climáticas.
Apesar de ser ambicioso, este rascunho não convence as organizações ambientalistas que pedem mais financiamento dos países ricos e poluidores. Também os cientistas apelam a uma ação imediata para travar o aquecimento global até ao final do século e as previsões trágicas que poderão afetar mil milhões de pessoas.
O Acordo de Glasgow deve ser assinado até ao final da semana. O relatório da ONU avança que 2020 registou concentrações recorde de gases com efeito de estufa, mesmo com os compromissos assumidos nos últimos anos e a desaceleração económica provocada pela covid-19.
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