António Costa subiu ao palco da Cimeira do Clima (COP27) no Egito para garantir que que Portugal não precisa reativar as centrais a carvão. Disse ainda que daqui a quatro anos o país terá 80% da energia proveniente de fontes renováveis. Na conferência, os países mais pobres exigem aos mais ricos e mais poluidores que se responsabilizem pelas alterações climáticas.
António Costa chega ao Egipto para partilhar que a aposta de Portugal nas renováveis há de chegar mais longe. O primeiro-ministro garantiu que Portugal tenta atingir a neutralidade carbónica mais cedo e que não precisa de reabrir antigas centrais a carvão – ao contrário de outros países, como a Espanha e Alemanha.
A cimeira no Cairo dá os primeiros passos pegando precisamente na ideia de que os países ricos poluem mais que pobres, sublinhando a injustiça. A pressão dos mais pobres sobre os mais ricos acentua-se nesta cimeira.
Também o país anfitrião está sob pressão: vários líderes têm apelado à libertação do ativista Alaa Abdel Fattah, o preso político mais famoso e ícone da revolução de 2011 no Egito está em greve de fome e pode mesmo morrer durante o tempo que dura a cimeira do clima