As forças de Israel atacaram esta quinta-feira mais uma caravana de ajuda humanitária, em Gaza, alegando que o ataque atingiu militantes armados que tentavam tomar o controlo do comboio. A instituição que organizou a ajuda disse, no entanto, que quem foi atacado foram os funcionários da empresa de transporte.
De acordo com o The Guardian, a caravana de ajuda, organizada pela ONG Anera, transportava material médico e combustível para um hospital administrado pelo Emirados Árabes Unidos, em Rafah.
A rota foi coordenada antecipadamente com as Forças de Defesa de Israel, como parte do esforço para evitar que as caravanas de ajuda humanitária sejam atingidas.
A organização não governamental afirmou que pelo menos cinco pessoas morreram no ataque e que todas trabalhavam para a empresa de transportes responsável pela travessia.
Num comunicado citado pelo jornal britânico, as Forças de Defesa de Israel confirmaram que a rota foi acordada, mas alegaram que “durante o transporte, vários militantes armados tomaram o controlo do veículo que seguia à frente do comboio”.
As forças israelitas esclareceram que o ataque só foi realizado após “confirmação adicional” de que o veículo tinha sido tomado por militantes armados.
“As carruagens não sofreram danos e o comboio chegou ao destino. O ataque aos militantes armados eliminou a ameaça de assumirem o controlo do comboio humanitário.”
O exército disse ainda que, após o ataque, contactou a Anera, confirmando que o incidente causou vítimas e que o comboio chegou ao destino, como planeado anteriormente.
A Anera esclareceu que, de facto, o comboio chegou ao hospital, mas disse que a travessia foi feita apenas por um funcionário da ONG, os restantes eram da empresa de transporte com quem colabora para fazer chegar a ajuda humanitária a Gaza.