Consulta aberta

Por gostar de tudo muito arrumadinho acha que é obsessivo-compulsivo?

Além de arrumar tudo muito direitinho, sempre que pode deixa o volume da rádio num número ímpar ou quando passa a passadeira não pode tocar na parte branca, por isso desconfia que sofre de Transtorno Obsessivo-Compulsivo? Não é bem com base nisto que se faz o diagnóstico.

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O Transtorno Obsessivo-Compulsivo afeta até 3% da população a nível mundial, mas apesar disto a maioria dos doentes demora 5 a 10 anos desde o início dos sintomas, até procurar ajuda médica.

Como o nome indica, o diagnóstico de perturbação obsessivo-compulsiva baseia-se na presença de obsessões e/ou compulsões que consomem tempo e energia diariamente, e com um impacto negativo no bem-estar, reduzindo a qualidade de vida e a capacidade de socializar, estudar, trabalhar, ou até desempenhar as funções mais básicas do dia-a-dia.

As obsessões são as janelas pop-up indesejadas que aparecem quando estamos à procura de uma viagem barata para a Madeira. São pensamentos intrusivos, recorrentes e persistentes, que geram enorme desconforto e que levam a tentativas de aliviar urgentemente o que se está a sentir. E é aqui que surgem as compulsões, que são comportamentos repetitivos que não são intrinsecamente agradáveis e cujo o principal propósito é aliviar o tal desconforto provocado pelas obsessões.

O exemplo clássico é lavar as mãos 17 vezes com medo de germes e eventuais doenças.

A obsessão são os pensamentos que nos dizem que vamos ficar doentes ou morrer porque temos germes em todo o lado. E a compulsão é ato de lavar as mãos um número de vezes excessivo e desnecessário, na tentativa de sentir algum alívio. Mas nem sempre há uma ligação realista entre os dois.

Assista ao vídeo da Consulta Aberta para saber mais.