Coronavírus

Cerca de 50.000 empresas de restauração em Itália em risco de fechar

O setor encontra-se numa "crise profunda" e está sob a ameaça de encerrar definitivamente bares, restaurantes, pizarias, discotecas, pastelarias ou cadeias de restauração.

Cerca de 50.000 empresas de restauração em Itália em risco de fechar
Manuel Silvestri

Cerca de 50.000 bares, restaurantes e discotecas correm o risco de fechar definitivamente em Itália devido à pandemia de Covid-19, alertou hoje a federação nacional de estabelecimentos públicos (FIPE), que exigiu medidas "urgentes" ao Governo.

A federação estima que o bloqueio do país para evitar o contágio devido ao novo coronavírus custará cerca de 30.000 milhões de euros a bares, restaurantes, pizarias, discotecas, pastelarias, 'catering' ou cadeias de restauração.

O setor encontra-se numa "crise profunda" e está sob a ameaça de encerrar definitivamente 50.000 estabelecimentos e eliminar cerca de 300.000 postos de trabalho, devido ao facto do país se encontrar em confinamento domiciliário.

A FIPE, integrada na maior confederação patronal de Itália, Confcomercio, alertou que, perante este cenário, "muitos empresários estão a avaliar não reabrir os seus estabelecimentos porque as medidas de apoio ao setor são manifestamente insuficientes".

O Governo italiano decretou no passado de 11 de março o "bloqueio total" de todo o país para travar a pandemia, confinando a população e encerrando os estabelecimentos não essenciais como bares ou restaurantes, que só podem entregar comida ao domicílio.

Nas ruas, mantêm-se abertas farmácias, parafarmácias ou lojas de alimentação, nas quais os clientes entram em pequenos grupos, mas no passado 10 de abril o Governo de Itália permitiu também a reabertura de lojas de roupa para crianças, livrarias ou papelarias.

O Governo está a estudar a reabertura gradual do país a partir de 04 de maio.

"Pedimos ajuda e mais esforço para salvar uma parte do nosso sistema produtivo que tem 85.000 milhões de faturação, 1,2 milhões de empregados, e é a locomotora do turismo e da economia do país", afirmou o presidente da FIPE, Lino Stoppani.


Mais 21 mortes e 657 casos de Covid-19 em Portugal

A Direção-Geral da Saúde (DGS) anunciou esta segunda-feira a existência de 735 mortes e 20.863 casos de Covid-19 em Portugal.

O número de óbitos subiu, de ontem para hoje, de 714 para 735, mais 21 - uma subida de 2,9% - , enquanto o número de infetados aumentou de 20.206 para 20.863, mais 657, o que representa um aumento de 3,2%.

O número de casos recuperados mantém-se nos 610 pelo terceiro dia consecutivo.

Mais de 165 mil mortos e quase 2,5 milhões de infetados em todo mundo

A pandemia da covid-19 matou pelo menos 165.216 pessoas e há pelo menos 2.403.410 casos de infeção em 193 países desde que surgiu em dezembro na China, segundo um balanço da AFP às 11:00.

Pelo menos 537.700 doentes foram considerados curados pelas autoridades de saúde.

Os Estados Unidos, que registaram a primeira morte ligada ao coronavírus no final de fevereiro, lideram em número de mortes e casos, com 40.683 mortos para 759.786 casos.

Pelo menos 70.980 pessoas foram declaradas curadas nos Estados Unidos.

Depois dos Estados Unidos, os países mais afetados são Itália, com 23.660 mortos em 178.972 casos, Espanha com 20.852 óbitos (200.210 casos), França com 19.718 mortes (152.894 casos) e Reino Unido com 16.060 mortos (120.067 casos).

A China (sem os territórios de Hong Kong e Macau), onde a epidemia começou no final de dezembro, contabilizou 82.747 casos (12 novos entre domingo e hoje), incluindo 4.632 mortes e 77.084 curados.

Até às 11:00 de hoje, a Europa totalizou 104.028 mortes para 1.183.307 casos, Estados Unidos e Canadá 42.212 mortes (793.169 casos), Ásia 7.030 mortes (166.453 casos), no Médio Oriente 5.664 mortes (126.793 casos), América Latina e Caraíbas 5.068 mortes (103.857 casos), África 1.124 mortes (21.957 casos) e Oceânia 90 mortes (7.879 casos).