O presidente do laboratório chinês Sinovac, Yin Weidong, assegurou que a sua vacina contra a covid-19 estará pronta para ser administrada em massa no princípio de 2021.
Segundo o jornal espanhol El Mundo, o executivo diz ainda que a farmacêutica tem capacidade para fabricar 300 milhões de doses anuais da “CoronaVac”.
Esta vacina, que já está na terceira e última fase dos testes clínicos, não tem provocado “reações adversas” aos participantes e, segundo Yin Weidong, será capaz de “combater todas as estirpes da SARS-CoV-2”.
A “CoronaVac” está a ser testada no Brasil, na Turquia, no Bangladesh e na Indonésia, e a farmacêutica Sinovac admite mesmo a possibilidade de poder também ser produzida noutros países.
Há quatro vacinas chinesas na última fase de testes
Incluindo a “CoronaVac”, há quatro vacinas chinesas contra a covid-19 na terceira fase de testes clínicos, a última antes da sua produção em massa. São estas das farmacêuticas Sinopharm, do Wuhan Institute of Biological Products e da CanSinoBIO.
AS VACINAS MAIS PROMISSORAS NO COMBATE À COVID-19
Laboratórios por todo o mundo estão numa corrida contra o tempo para desenvolver uma vacina contra o novo coronavírus. Há dezenas de equipas a testar várias candidatas a vacina, algumas estão mais avançadas e são promissoras.
Segundo o London School of Hygiene & Tropical Medicine, (que tem um gráfico que mostra o progresso das experiências) há 243 projetos e 43 estão na fase de ensaios clínicos, sendo que 8 estão na fase III - que consiste na inoculação da vacina em milhares de voluntários a fim de determinar se impede de facto a infeção.
Apesar do agora suspenso ensaio clínico, o projeto entre a Universidade de Oxford e a AstraZeneca é um dos mais promissores, a que se juntam os da Pfizer e da BioNTech, da Moderna e de vários projetos chineses, nomeadamente da CanSinoBIO que já obteve autorização para administrar a vacina em militares chineses.
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