A Organização Mundial de Saúde confirma que há cerca de 180 potenciais vacinas para a covid-19 a serem testadas, mas lembra que, até ao final do ano, é pouco provável que alguma consiga passar nos testes de eficácia e segurança, por ser um processo demorado.
Ainda assim, o Presidente dos Estados Unidos Donald Trump diz que espera ter uma vacina pronta antes das eleições marcadas para 3 de novembro, enquanto a Rússia e a China já começaram a vacina a população.
A última fase de testes da vacina russa arrancou esta quarta-feira em Moscovo e vai ser administrada a 40 mil voluntários. Uma famarcêutica do México já negociou a compra de 32 milhões de doses.
ensaios da vacina de Oxford suspensos
A farmacêutica AstraZeneca e a Universidade de Oxford suspenderam os testes a uma potencial vacina contra a Covid-19.
Já estava na fase final de testes, mas uma reação adversa num voluntário levou a que o processo fosse interrompido.
A AstraZeneca não revelou nenhuma informação sobre o possível efeito colateral, exceto para chamá-lo de "uma doença potencialmente inexplicada".
A farmacêutica considera ser possível que o problema seja uma coincidência, justificando que doenças de todos os tipos podem surgir em estudos de milhares de pessoas.
Dizer que a vacina para a covid-19 está pronta no final do ano é "prematuro" e mostra "ignorância"
Dizer que a vacina para a covid-19 poderá estar pronta para administrar no final do ano ou no início de 2021 é "prematuro" e "quem diz isso só mostra alguma ignorância sobre o sistema", começa por salientar Hélder Mota Filipe, na Edição da Tarde da SIC Notícias.
Para o professor da Faculdade de Farmácia de Lisboa a suspensão dos testes "não foi surpresa nenhuma e é assim que acontece quando há alguma dúvida".
O ensaio não parou, apenas "não são recrutados mais voluntários. Até ficar esclarecido, não há entrada de mais voluntários". E "isto é o que se passa quando se desenvolvem medicamentos", explicou.