António Costa deslocou-se esta manhã a Évora, para ver a ministra da Saúde assinar o contrato das obras do novo hospital Central do Alentejo. Na primeira manhã do país, de novo, em Estado de Emergência, o Primeiro-ministro nada disse sobre as exceções que o despacho do Governo prevê na medida de recolher obrigatório. Mas fez questão de reafirmar que o combate à pandemia não se faz "sem dor" e admitir que não há propriamente uma "alternativa".
"É duro, perturba muito a nossa vida, é verdade", reconheceu António Costa, considerando que, neste momento, há que agir "a montante" da resposta do Serviço Nacional de Saúde, isto é travar os contágios.
Quase como quem justifica a forma como o Governo teve que avançar para a decisão de restringir a circulação nos 121 concelhos de maior transmissão, Costa disse que "ter que escolher entre o confinamento durante toda a semana, é difícil escolher, mas temos que escolher qual é o mal menor".
Depois de ter anunciado, no sábado à noite, as medidas mais duras decididas pelo Conselho de Ministros e afirmado que os portugueses teriam que optar por fazer as deslocações que necessitassem fora das horas em que está estabelecido que têm que ficar em casa, o despacho do Governo, publicado em Diário da República prevê uma lista de exceções: 13, entre as quais se inclui a ida à mercearia, supermercado ou outro estabelecimento de venda de bens alimentares ou higiene.
Além de situações de saúde, assistência e motivos familiares mais imperativas, fica autorizado a saída para passeios "higiénicos" e de animais de estimação, de curta duração, a pé, e sozinho ou na companhia de pessoas que vivam na mesma casa.
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