Coronavírus

"Cabe a cada um de nós fazê-lo parar". As campanhas de prevenção para a covid-19

Alemanha faz um apelo com humor aos mais jovens. Espanha divulga anúncios "duros", mas "absolutamente necessários". Portugal apela ao distanciamento social.

A segunda vaga da pandemia de covid-19 levou os países europeus a imporem novas restrições e a lançarem diferentes campanhas publicitárias de prevenção, como foi o caso de Portugal, Espanha e Alemanha.

"Cabe a cada um de nós fazê-lo parar"

O Serviço Nacional de Saúde lançou um vídeo, que circula nas redes sociais e nas televisões portuguesas, em que alerta para a necessidade do distanciamento social.

Através de uma reunião de família, em que a avó acaba por ficar infetada, o SNS apela ao reforço das medidas de prevenção e de distanciamento.

"Reunião familiar sem proteção = enterrar a tua avó"

A Comunidade de Madrid investiu 3 milhões de euros numa campanha de sensibilização, que já está a circular nas televisões espanholas e redes sociais, e também chegará à imprensa escrita, à rádio e às ruas. Os anúncios são "duros", mas "absolutamente necessários", de acordo com a presidente da Comunidade de Madrid, Isabel Díaz Ayuso, citada pelo El Mundo.

A campanha gira em torno da limitação das reuniões familiares, o cumprimento da quarentena e da ventilação adequada nos espaços fechados. Nos anúncios, é possível ver como morrem as pessoas que não cumpriram estas medidas preventivas.

"Contagiei o meu amigo porque saí da quarentena para ir a uma festa. Vamos ver quando (é que ele) sai dos Cuidados Intensivos"

"Para a minha avó será a última reunião familiar, contagiei-a no outro dia, foi enterrada hoje"

"Sim, claro. Ventilar a casa... E nós morremos de frio. Igual à minha mulher, que está a morrer. Ficou infetada porque nunca ventilamos (a casa) quando recebemos visitas e vai morrer amanhã."

"O sofá era a nossa frente e a paciência a nossa arma"

O vídeo divulgado pelo Governo alemão é mais suave e bem-humorado que as campanhas anteriores, mas com um apelo tão importante como os outros: que os jovens sejam heróis e não façam "absolutamente nada".

A campanha, que se assemelha a um documentário sobre as memórias de um herói de guerra, mostra Anton Lehmann sentado no sofá a "relembrar o inverno de 2022", quando tinha 22 anos.

"22, com esta idade queres ir a festas, estudar, conhecer novas pessoas, ir beber um copo com os amigos. No entanto, o destino tinha planos diferentes para nós. (...) O destino do nosso país estava nas nossas mãos. Reunimos a coragem e fizemos o que era esperado... Nada. Absolutamente nada. Ser preguiçoso como guaxinins. Dia e noite, mantivemos os nossos rabos em casa e lutamos contra a propagação do vírus. O sofá era a nossa frente e a paciência a nossa arma. Este era o nosso destino. Foi assim que nos tornamos heróis."