A aldeia Szirak, na Hungria, a 75km de Budapeste, é um dos principais pontos no combate à Covid-19. Um laboratório familiar está a desenvolver anticorpos monoclonais, um componente que é determinante para o sucesso das vacinas.
O projeto está a ser liderado por Katalin Kariko, uma antiga professora universitária de 71 anos, que transformou antigas instalações para guardar animais num laboratório.
É neste laboratório que se produz, de forma sintética, um pó de anticorpos monoclonais que reconhece o ácido ribonucleico (RNA, na sigla inglesa) presente no novo coronavírus – que foi modificado para não conseguir contaminar.
Esta tecnologia faz parte de uma nova classe de medicamentos experimentais, cuja aplicação pode alargar-se a uma infinidade de doenças – como condições hereditárias, cancro, entre outras. A Covid-19 está a fazer aprovar esta técnica em tempo recorde e, em breve, poderá ser iniciada a produção em massa.
O pequeno laboratório – que tem apenas cinco funcionários – tem a farmacêutica BioNtech, parceira da Pfizer, como cliente. As duas companhias estão a produzir uma das vacinas contra a Covid-19 que está mais avançada.