A União Europeia já garantiu pelo menos 1.200 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19, mesmo sem se saber quais estarão disponíveis ou quando serão aprovadas. Bruxelas espera poder começar a distribuir as doses pelos vários países membros a partir de abril.
Há cinco contratos já fechados para aquisição das vacinas:
- AstraZeneca
- Sanofi-GSK
- Janssen Pharmaceutica
- BioNTech/Pfizer
- CureVac
O acordo com a CureVac foi aprovado esta semana, subindo para as 1.200 milhões de doses garantidas. A Comissão Europeia está atualmente em negociações com a Moderna para aumentar ainda mais o lote de vacinas.
Parte dos custos iniciais dos produtores de vacinas estão a ser financiados pela Comissão Europeia como condição para que haja um fornecimento rápido e em quantidade assim que as vacinas estejam prontas.
As doses serão distribuídas pelos vários Estados membro da União Europeia, tendo em conta a percentagem populacional de cada país. Em Portugal, segundo avançou Graça Freitas, diretora-geral da Saúde, a vacina será distribuída de forma gratuita.
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Moderna e Pfizer deverão ficar prontas este ano
Os resultados, ainda que preliminares, apontam uma taxa de eficácia muito elevada nos projetos da Moderna e da Pfizer. Ainda há perguntas por responder, como por exemplo a duração da imunidade, mas as farmacêuticas acreditam que as vacinas contra a Covid-19 deverão ficar prontas ainda este ano.
A Pfizer teve uma taxa de eficácia de 90% e a Moderna de 94,5%. Nenhuma vacina é 100% eficaz, mas estes resultados são bastante positivos. Para efeitos comparativos: a vacina da gripe tem uma taxa que não ultrapassa os 50% enquanto a do sarampo chega aos 97%.
As duas vacinas norte-americanas partilham uma tecnologia inovadora que foi desenvolvida antes da Covid-19 mas que até agora não tinha sido aplicada em vacinas. O fármaco inclui uma parte do código genético do vírus – a tal molécula de RNA – que aciona as defesas do sistema imunitário.
Estas novas vacinas apresentam um resultado final igual aos das vacinas convencionais mas, apesar de ainda não haver certezas, espera-se que reduzam a possibilidade de a pessoa vacinada desenvolver os sintomas, ainda que ligeiros, da doença.
Há ainda dúvidas e perguntas por responder. Uma delas é a duração da imunidade provocada pela vacina. Nenhuma das farmacêuticas publicou ainda os resultados dos ensaios clínicos em artigos para que possam ser escrutinados pela comunidade científica.
