O virologista e professor da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa e diretor do Instituto de Investigação do Medicamento disse, em entrevista à SIC Notícias, que os números apontados nos últimos dias pelas farmacêuticas dão a ideia de que “já temos a vacina na mão”.
João Gonçalves diz, no entanto, que ainda faltam saber questões fundamentais como a eficácia a longo prazo e os efeitos secundários que possa ter.
“Não quer dizer, dito isto, que não tenhamos aqui a vanguarda do que são as vacinas do futuro. Temos uma luz ao fundo do túnel, queremos lá chegar, a minha dúvida é se não estamos a ir depressa demais”.
Como vão funcionar?
Em específico sobre as vacinas da Pfizer e da Moderna, explica que serão ambas de duas administrações, separadas entre três a quatro semanas, e que a eficácia deverá ser comprovada seis semanas após a toma da primeira dose.
Sobre a duração da imunidade, diz ser algo que ainda nem as farmacêuticas sabem responder. João Gonçalves afirma que o que se sabe neste momento é que são vacinas seguras e rápidas a atuar.
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