O Governo recusa-se a receber os nove empresários da restauração, bares e discotecas que estão em greve de fome. A SIC sabe que o Executivo só aceita reunir com representantes do setor.
Os nove empresários, acampados à porta da Assembleia da República, em Lisboa, não comem há quatro dias. À SIC, garantiram que só abandonarão o protesto quando forem recebidos pelo primeiro-ministro, António Costa, ou pelo ministro da Economia, Pedro Siza Vieira.
Os donos de restaurantes e discotecas exigem a isenção da Taxa Social Única e a redução do IVA para 6%. Contestam também o recolher obrigatório a partir da uma da tarde ao fim de semana.
O presidente da Confederação do Turismo de Portugal vai reunir na quarta-feira com o Executivo, "exatamente para explicar que a corda já não está esticada, a corda já rompeu", diz.
Em entrevista à SIC Notícias, Francisco Calheiro defende que o Governo precisa de tomar mais medidas para tentar salvar o setor do turismo e da restauração.
"Eu não tenho dúvidas, que quando vier a vacina e quando os turistas ganharem a confiança, nós vamos estar outra vez inundados de turistas, mas para isso é preciso que a oferta esteja instalada."
Empresários da restauração iniciam vigília por tempo indeterminado no Porto
Empresários da restauração do Porto iniciaram esta segunda-feira à noite, defronte da Câmara do Porto, uma vigília por tempo indeterminado até o Governo discutir os apoios ao setor, disse à agência Lusa Branca Pereira, do Movimento das Mulheres pela Restauração.
Quatro dias depois de um grupo de empresários iniciar uma greve da fome diante do Parlamento, em Lisboa, "um movimento espontâneo de empresários fez nascer uma vigília por tempo indeterminado, na Avenida dos Aliados, até que o Governo olhe para o setor", explicou Branca Pereira.
O "acampamento" ficará junto ao monumento a Almeida Garret, em cujos degraus foram colocadas dezenas de lamparinas acesas: "significam um grito de alerta, significa que queremos uma luz para este momento que estamos a viver, pois são milhares as mulheres que vivem da restauração e que muitas delas já perderam o emprego e outras vão perdê-lo", disse.
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