O primeiro-ministro revelou esta quinta-feira que as medidas que vão ser anunciadas no sábado para o combate à covid-19 vão vigorar até 7 de janeiro, e não apenas por 15 dias como tem sido até agora.
No final de mais uma reunião do Infarmed, sobre a evolução epidemiológica em Portugal, António Costa confirmou ainda que está "tecnicamente resolvida" a questão jurídica sobre o estado de emergência que só tem validade de 15 dias.
"De 15 em 15 dias é necessária uma nova iniciativa do Presidente da República, um novo parecer do Governo e uma nova autorização da Assembleia da República, mas é fundamental as pessoas saberem como se poderão organizar daqui até 6 e 7 de janeiro. Tecnicamente está resolvida essa situação", frisou o primeiro-ministro.
De acordo com o chefe de Governo, em função das diligências do Presidente da República, do debate da Assembleia da República e da apreciação pelo Conselho de Ministros, o seu executivo apresentará neste sábado o programa de medidas que vigorarão até 7 de janeiro.
António Costa recusou, no entanto, antecipar as medidas que vão vigorar no Natal.
Sobre as vacinas, o primeiro-ministro afirmou que há todas as razões para confiar.
"22 milhões de vacinas não chegam automaticamente no primeiro dia"
António Costa advertiu que o processo de vacinação será complexo e pode haver atrasos.
O primeiro-ministro avisou que as 22 milhões de doses de vacinas não vão chegar ao mesmo tempo e que o processo vai prolongar-se ao longo de 2021.
"Há agora uma luz ao fundo do túnel, mas o túnel é ainda muito comprido e bastante penoso. Portugal irá adquirir 22 milhões de vacinas, mas essa quantidade de vacinas não chega automaticamente no primeiro dia. Vão chegando escalonadamente e gradualmente ao longo de todo o ano de 2021", declarou o líder do executivo.
Covid-19. Vacinação em Portugal começa em janeiro
O Governo apresentou esta quinta-feira o plano nacional de vacinação contra a covid-19. O Executivo estima que o montante global gasto nas vacinas contra a covid-19 pode chegar aos 200 milhões de euros em Portugal.
No primeiro grupo prioritário, constam as pessoas com 50 ou mais anos com patologias graves, como a doença coronária, a insuficiência renal, insuficiência cardíaca ou doença respiratória, e profissionais de saúde, mais genericamente, profissionais de serviços críticos - podem incluir-se as Forças Armadas. Os residentes de lares e em cuidados continuados, também incluídos na primeira fase, serão vacinados nas instituições.
Na segunda fase, serão vacinadas pessoas com mais de 65 anos sem qualquer patologia e pessoas dos 50 aos 74 anos com um vasto leque de doenças pré-exsitentes, desde diabates, à hipertensão e até obesidade. Nesta fase serão vacinadas 1,8 mihões de pessoas.
Haverá ainda uma terceira fase, que englobará "o resto da população".